Pois é está fazendo uma semana. Seria normal, diria até mais do que isso, recomendável e educado, estar presente na missa de sétimo dia.
Mas entre ser elegante ou sincero, vou optar pelo último. Não me incomoda se não for compreendido, mas é que não me conforme com sua morte.
Porque diferente de outras imprevisíveis e inevitáveis esta não, continuo acreditando que poderia ter sido evitada.
Que falta me faz chegar em casa logo bem cedinho, de volta da academia e não ter mais o porteiro vindo alegre ao meu encontro, entregar meu jornal diário.
Pior é ficar sem suas notícias. Suas análises. Não saber como anda a temperatura política da nossa cidade pelos comentários do mestre Ivan Santos e pelas notas do confidencial.
O pulsar de Uberlândia pelas colocações dos leitores.
Os acontecimentos e registros por meio das charmosas colunas sociais produzidas sempre com tanto carinho e dedicação.
A quantas anda o nosso “verdão”? Quando começam os preparativos para a disputa do estadual deste ano. Que contratações fez. Que expectativa podemos ter de seu desempenho.
Os roteiros dos eventos que estão acontecendo, a programação dos cinemas, dos bares e dos clubes.
Como está o movimento cultural de Uberlândia?
O pensamento dos meus colegas colunistas com abordagens sobre temas tão distintos, mas igualmente enriquecedores.
E o inicio de uma nova administração pública municipal trazendo de volta um político que alcançou notável aprovação em suas gestões anteriores.
Quem são seus secretários, como estão seus trabalhos iniciais? O que estão propondo e fazendo para recuperar uma cidade que está um caos?
A falta do que o jornal Correio faz é tanta, que vai muito além do noticiário que trazia. Até a ausência do registro dos óbitos deixa a gente desorientada. Como fulano morreu? Não fiquei sabendo.
Tudo isso e muito mais está fazendo falta em nossa vida, porque falta quem sempre foi tão importante nela. O nosso inesquecível Correio.
Continuo rezando , torcendo e até mesmo agindo para ver se é possível ressuscitá-lo.
Por isso peço desculpas, mas não irei a sua missa de sétimo dia.
E sinceramente, espero que os demais colegas do Correio e principalmente seus milhares de leitores façam o mesmo!
Até semana que vem…